AMIGA,
ouça-me, apenas.
Não olhe para meus pés descalços, nem procure pelos saltos que deixei pelas
calçadas,em um bueiro qualquer.
Não me ofereça o palco dos talentosos, nem mesmo os aplausos, que somente aos que se curvam, pertecem.
Aliás, nada me ofereça, e guarda suas lágrimas de compaixão, seu disfarçado riso,
seu abraço , ou sua mão.
Nada quero que eu precise devolver, em outra ocasião.
Ouça-me, apenas.
Depois se vá e não olhe para os restos dessa jurubeba amarga, onde flutuarão as sombras do meu rosto, que as marcas do desgosto não pouparão, na solidão imensa do que possa ser a incompetência de não saber ao menos padecer, com dignidade e resignação.
ouça-me, apenas.
Não olhe para meus pés descalços, nem procure pelos saltos que deixei pelas
calçadas,em um bueiro qualquer.
Não me ofereça o palco dos talentosos, nem mesmo os aplausos, que somente aos que se curvam, pertecem.
Aliás, nada me ofereça, e guarda suas lágrimas de compaixão, seu disfarçado riso,
seu abraço , ou sua mão.
Nada quero que eu precise devolver, em outra ocasião.
Ouça-me, apenas.
Depois se vá e não olhe para os restos dessa jurubeba amarga, onde flutuarão as sombras do meu rosto, que as marcas do desgosto não pouparão, na solidão imensa do que possa ser a incompetência de não saber ao menos padecer, com dignidade e resignação.