O POETA E A CIDADE 03
Quando chego a minha cidade.
Logo me vem o eu menino,
Vejo-me feliz em lembrar
A minha infância...
Jogando futebol no rio,
Na rua, pega escondes.
Roubando frutas,
Pegando passarinho,
Tanajura.
E a simples e bela sensação de ser chamando de ninha,
E saber que me chamou.
Os amigos... Junior, Magno, Silvio, Walter e outros tantos...
Quem sabe!
Uns infelizes senhores e suas responsabilidades.
Outros. Maquinas desses nossos dia a dia.
Os que sonharam, estão quase todos fora.
Em outras terras... Outros sonhos.
Mas, no terceiro domingo de outubro... Voltam...
Sempre voltam... Sempre.
Uns como olhos no futuro que nunca vem.
Uns com tanto medo do agora que só bebem,
Outros presos no passado,
E os que sonham ali também estão, pois sonhar...
E são os que ri, os que todos riam .
E que na segunda não estão, mas.
Quando chego a minha cidade...
Sou ninha!