À CENSURA
Vai-te,
corda de espinhos, espetando varais.
Vai-te do branco destas vestes ao céu expostas
que em paredes e chaves,
ferrugem,
mal,
grande mal,
impiedosamente,
fazes.
Vai-te ao caminho do que se vai e não volta ao mesmo chão.
Vai-te, e deixa livre a palavra que tem porta de saída
nesse fantástico grito da Arte da expressão.
Poesia.
Sempre.
Ainda que espremida em minhas mãos.
Vai-te,
corda de espinhos, espetando varais.
Vai-te do branco destas vestes ao céu expostas
que em paredes e chaves,
ferrugem,
mal,
grande mal,
impiedosamente,
fazes.
Vai-te ao caminho do que se vai e não volta ao mesmo chão.
Vai-te, e deixa livre a palavra que tem porta de saída
nesse fantástico grito da Arte da expressão.
Poesia.
Sempre.
Ainda que espremida em minhas mãos.