Não Tenho um Amor
Estou sozinho nas noites quentes de verão,
Quando queria gozar da doce cumplicidade.
Resta apenas a torrente incompreensão,
De perguntar-me porque o mundo é covarde.
Quero encontrar em seus olhos o espelho de minh'alma,
Envergonha continuar a ser uma contradição ambulante.
Quero ser diferente ao menos um instante,
Porque meu coração pede a presença de minha amada.
É apenas a forte melancolia que se apossa do meu peito,
Ou talvez a presença da outr'ora dispersa inquietude.
É algo involuntário quebrantando o velho sujeito;
Um recomeço com nova virtude.