AS VIDAS SÃO COMO RIOS

No leito gemendo
Lá vai sem parar
Se cái,se levanta
Chorando a rolar.

Não pára,é a sorte
Que rege.
É o destino.
Correndo sem rumo
é o caminho da morte!

Não pára:Não sente
Que quando mais corre
Mais cedo se lança
No mar,onde morre.

E a vida são rios
Seu leito de dores,de quedas,
Nos leva em descida
Por vãos,por desvios,

Rolando,correndo
Qual louca corrente
Do rio da vida
Pro seio da morte.

Macaé,29 de julho de1970.