Como folha de outono
Sinto-me no abandono
Arrastam-se mornas horas
Não há noite, nem sono
Por que não telefono
E mando a saudade embora?

Ainda carrego sua imagem
Lembro sua poesia-mensagem
E uma tristeza me invade
Quisera fazer a longa viagem
Porém, me falta a coragem
De ir buscar nossa felicidade

Por que, anjo, partiste assim?
Lamento muito esse triste fim
Em que sonho tu te escondes?
Germinaste em qual jardim?
Por que não volta para mim?
Por que, amor, não responde?

Um vazio cheio de interrogações
Ausências caladas nos corações
Tenho a alma pobre e inquieta
Levo palavras caladas e ilusões
Poesias sofridas e muitas reflexões
No espelho difuso, vejo-me poeta


                        

Imagens: Extraídas do Google