Olhos

Tristes isolados

Entre tantos olhares tontos

Dispersos na multidão!

No convexo espelho da vida

Reflete a emoção contida

Num canto da solidão!

E se perdem na neblina

Do desejo que descortina

Em sua imaginação!

Dois luzeiros a acompanhar

O amor que não pode amar

Em meio a tanta profusão!

Do outro lado da rua

Com sua retina nua

Atravessa o meu coração!

Na distância apagando aos poucos

A procura dos meus olhos loucos

Sumiu de vez na escuridão!