TERRA DE MINHA FACE

Terra mais alva
De sinuosos contrastes
Num momento cheio de cor
Depois pálida como o inverno

Mas veio a chuva
A cair de meus olhos
seguindo atalhos
A terra tornou-se úmida

Mas não nasceu o sol
E a flor mais bela não floresceu
O ar se perdeu na sua invisibilidade
E a árvore mais fecunda não sobreviveu

Tudo apagou-se em um instante
Como a noite sem lua
Como a sombra de meu semblante
E seca tornou-se a terra de minha face.
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 22/06/2006
Reeditado em 16/12/2008
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