POESIA DO HOMEM DE NEGÓCIO

No jardim da casa grande da avenida central

um homem sisudo caminha prá lá e prá cá...

Na cabeça equilibra os problemas do mundo,

no olhar nem um pouco do verde da ramagem.

O vento que sopra não faz sopro no seu rosto.

Apenas incomoda a inquietude negocial que

ele trás sempre nos ombros e no semblante...

Caso de quem há muito se tornou impassível.

Nos momentos em que há um pouco de calma

pesam no corpo e na alma os tormentos da vida.

As alegrias não vividas e a saudade infinita

do tempo que passou e não volta jamais,

passam agora voando

se segurando nas asas

da borboleta colorida

que mora no jardim...

Ao homem de negócio, ao menos,

um etéreo instante de paz total...

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 29/08/2009
Código do texto: T1782080
Classificação de conteúdo: seguro