Poesia de Bolso 36 ( Oração dos Aflitos )
Poesia de Bolso 36 ( Oração dos Aflitos )
Senhora das águas,
Senhora dos ventos,
Que a tempestade que passa
Traga a bonança por dentro.
Não deixe que eu caia em desgraça
Não deixe que eu morra tão cedo,
A vida é tão boa cachaça
A morte é tão frio rochedo!
Aqueça minh’alma gelada
Afaste de mim todo o medo
Não deixe afogar-me nas mágoas
Não deixe que eu fique ao relento,
A vida é o espelho da graça
A morte é o quebranto do espelho!
Aponte o sentido da estrada
Que leva à aurora do tempo
Não deixe que eu vire fumaça
Não deixe que eu seja um cordeiro,
A vida não pede mordaça
A morte é filha do silêncio!