Dor
Quando a vida esmagou-me
sobre a rocha,
E me mostrou outra estação,
A dor se fez traço firme
E o meu coração se fez
mel insípido e sem cor.
Contudo, o meu ser
fincou os pés sobre caminhos,
firmou-se entre pedras e espinhos
E pôs-se a caminhar.
E foi por entre a primavera ferida
e o outono chorado que cheguei até aqui.
Cerrando os olhos para o passado,
Abrindo o coração para o presente.
Não sei para onde vou.
Mas, por onde quer que eu ande,
levarei o meu sonho.
E, por ele, não desviarei da rota.
Seguirei a trilha,
Considerarei as pistas,
Embrenhar-me-ei por todos os caminhos,
Por onde o Amor passar.