Pausa

A voz que se cala na boca

Encontra o domínio do verso

A palavra resvala rota

Em silencio vazio e perplexo

O silencio raso e urgente

Vaza e se instala, indigente;

E quando ouvidos despertos

Acolhem do incerto, os ruídos,

Um hino estilhaça no grito

Sufoca e ninguém mais espanta

O medo oco jaz na garganta...