Saudades

Saudades do amor que inventei

E guardei no bolso do coração...

E que foi vendido tão barato

Para não sobrar traços da paixão...

Guardiã dos meus pudores!

Saudades da visão inocente do pecado

Que sempre esteve ao meu lado

Por não ter mais nada o que fazer.

Onde se escondem as nossas vivências

Nesse fluxo contínuo do tempo?

Quanto tempo ainda esperarei por mim?

Perdida entre os sonhos que ficaram...

E a cortina que abre dos meus olhos

Reverenciando o engodo do existir.

Saudades do puro sentimento

Que viveu, apenas por um momento

E depois de tristeza... Partiu!

Com receio de ser soterrado

Na ilusão de pobres coitados

Que de amor nunca tiveram noção!

Saudades... Apenas saudades!

De um tempo que eu sabia amar!