Quando a Hora Chega
Quando a Hora Chega
Terminado o processo de herança
Toda a briga já acabada
Era a hora da bonança
A vaca se desatolara
Mas de tudo que havia de mais rico,
a tia de tão velha perdera o bom espírito,
e para sua cunhada apenas sobrara
uma casa antiga e mal cuidada
Cujo valor se perdera no tempo
O quê só lhe dava angústia, desespero.
E o pior ninguém nem imaginava
Que por trás da casa estava
Uma antiga maldição horrível
Tão antiga, tão sofrível
Permanecia escondida no porão
Algo que matara nesta terra o antigo Barão
Mas supersticiosos são os fracos
Que não sabem ver os fatos
Talvez estivesse errado o Bardo
nossa vã filosofia seja apenas um fardo
E entre o Céu e a Terra não há nada
Com esse pensamento se encheu a cunhada
Pôs-se a descarregar sua mudança
Com pressa e com ânsia
De que tudo acabasse rápido, ligeiro
Sua reforma abrangeria o terreno inteiro
Então poderia dizer em sua solidão
Sua casa era a mais bonita da região
Mas no meio das trevas se contorcia o horror
Criatura medonha que inspirava terror
Com sua mandíbula de dentes enormes
Usados apenas para motivos torpes.
De suas vítimas drenava toda a essência vital
E assim continuava um ser imortal.
Assombrando o sonho de crianças
Amedrontando-as por toda a infância.
E assim pulava de vítima em vítima
Acabando com essa existência ínfima.
Então a mulher ouviu barulho estranho
Algo soturno um tanto medonho
Pôs-se rápido a descer a escada
Em sua mão apenas uma adaga
Quando chegou ao fim do degrau
Pode contemplar todo o mal
O sugador de sangue ataca sem hesitar
E a mulher mal consegue gritar
Podia correr podia chorar
O destino não se pode mudar
Ela sabe com toda certeza
Não se pode fazer nada quando a hora chega.
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