QUANTA SAUDADE

Ah!

Quanta saudade do amanhã

eu já não o via desde ontem

eu já não o ouvia desde ontem

ontém quando olhava com afã

ontem quando o ardor era canção

e eu dançava até o amanhã

Quanta saudade do porvir

quando disistia de disistir

e insistia em insistir

e era meu o passo a diante

quanta saudade do existir

cada lufada de ar era uma aventura

e era ternura e volupia em convulção

não tinha tempo nem direção

só intenção

quanta saudade da saudade...

talvez ainda possa gozar mais um pouco

talvez.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 04/08/2009
Código do texto: T1735466
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