Torpor

Já cansei da poesia,
do delírio e de doer...
Mas, depois, por alforria,
digo para a alma mia
trazer uns bons canapés,
com amarela boemia,
que traduza cortesia,
pôr-do-sol e cafuné...
Ópio leve e brejeiro,
que me atice por inteiro
novos sonhos de amor...
E até um outro dia
de palavra arredia
em vingativo torpor.




meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 27/07/2009
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T1722438
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