O que se ver
A beleza do que se ver
Não exprime o que não se ver
Mais vale uma sinceridade
Que os requintes da maldade
Se os olhos são a porta da alma
Sei que a minha não está salva
Com um pé no céu e outro no inferno
Um no infinito e outro no eterno
De que vale os castanhos ou verdes
Que não podem dizer verdades
Verdades essas que seus olhos não vêem
E coisas que nossos corações não crêem
Sei agora que olhar não é ver
Nem se ver o verdadeiro ser
Os olhos enxergam um mundo que alguém desenhou
Nos meus olhos você se enganou