SEM NOME...

Quando criança

muito desejava ser adulto.

Tornei-me adulto e

criança queria

tornar a ser.

De certo sou alguém

que não passa

de um vulto,

procurando no oculto

a razão para viver.

Quando poeta

tentava ser,

descobri que

minhas rimas

são por demais pobres,

não são para ouvidos nobres.

Também não sou nenhum Drummond,

muito menos sou um Fernando Pessoa.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 23/07/2009
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