Pátria Mãe Subjugada
Pátria Mãe Subjugada
Pátria mãe, culto de castas
Reduto de quem devasta
A pobre mão de quem luta
Senzala da força escrava
Podre poder que se lava
No suor de quem labuta
A riqueza impertinente
Cobiçada, onipresente
Nos vis gabinetes faustos
Como força que devora
Essa gente que implora
O fim do novo holocausto
Pátria mãe, ré combalida
Roubada, subtraída
Pela sede do nefasto
Que arranca da barriga
O labor de quem mendiga
O pão nosso, seu repasto
Leis parciais, indolentes
Radicais e complacentes
Destroços de rigidez
A casta da impunidade
Reserva às autoridades
Os benefícios das leis
Inquestionáveis poderes
Que conduz os pobres seres
Em manadas indigentes
Exterminando os valores
Com avidez de predadores
E á guisa das serpentes
Pátria mãe subjugada
Ostenta despudorada
Injustiça e improbidade
Silencia a voz da massa
Que cala sob a mordaça
Seu clamor por liberdade!