VIDAS ABSORTAS, SEM VIVER...
Pássaros sem gorjeios,
adormecidos?
Pássaros sem chilreios,
entontecidos?
Pássaros silenciosos,
entristecidos?
Pássaros sem trinados,
seres sem amor,
sons desafinados
de medíocre tambor…
Jardins sem flores,
árvores sem frutos,
eu com minhas dores
e meus dias tão curtos…
Crianças tristes, sem pão,
abandonadas?
Outras sós, sem habitação,
discriminadas?
Muitas outras, sem amor,
indesejadas?
Vidas absortas, sem viver…
Vidas mortas, sem o saber…