ESCRAVO
Tuas carnes são quentes
De dentro de ti saem as lavas que me alucinam
Outra vez é somente penumbra
Se apagando em minha visão.
A velhice pode me pegar de mau jeito
Algemar-me os pulsos
Fazer-me seu escravo
Não me rendo.
Queres ouvir o soar do vento?
Viaja à meia noite
Não há mais meia noite
Aí a gente enlouquece.
Queres beber vinho
Vai ao pomar
A vinha morreu
E eu já enlouqueci.
JOEL DE SÁ
10/07/2009.