VALEU À PENA

“Não procure em mim um ponto final. Jamais encontrará.

No máximo deparará com um ponto e vírgula;

já um tanto afoito querendo prosseguir...”

Ivan Corrêa

Meu corpo crivado de estanho

caído no chão preto do asfalto...

No vermelho do sangue banho

e entrego meu corpo no assalto.

A vida acabou e a dor eu apanho,

conto estórias, invento e ressalto

que valeu à pena. E eu estranho

este artifício, e num sobressalto,

saio do drama, num dia tacanho...

Deus me chama e eu não falto,

vou... Seu grito eu acompanho.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 10/07/2009
Código do texto: T1692575
Classificação de conteúdo: seguro