VALEU À PENA
“Não procure em mim um ponto final. Jamais encontrará.
No máximo deparará com um ponto e vírgula;
já um tanto afoito querendo prosseguir...”
Ivan Corrêa
Meu corpo crivado de estanho
caído no chão preto do asfalto...
No vermelho do sangue banho
e entrego meu corpo no assalto.
A vida acabou e a dor eu apanho,
conto estórias, invento e ressalto
que valeu à pena. E eu estranho
este artifício, e num sobressalto,
saio do drama, num dia tacanho...
Deus me chama e eu não falto,
vou... Seu grito eu acompanho.