O que fizeram com o amor?
O que o nosso século
fez com o amor?
Vou pensar, então, em cada verso
sobre esse sentimento que mudou...
Falam, para mim,
que o que sinto não é amor!
Se não é,
faço questão de continuar “seco”.
Por isso, vou comparar
o que sentimos.
O leitor escolherá rimar
aquele que se aproximar dos seus sentidos.
Pois, se o amor
está relacionado à aparência,
Sempre nutrirei dor
e paciência.
Se ele for cobrado, então,
o que acontecerá com o casal?
A pobreza sempre causará separação
e será a inimiga do processo matrimonial.
Se ele envolver traição,
acho que erraram ainda mais.
Quem ama não trai o coração, jamais.
Se ele virou negócio,
tenho certeza de que deixou de existir.
Porque não consigo ser sócio
do meu sentir.
Se não é idealizado,
um outro sacrilégio vão cometer.
Irão matar todos os poetas e os amados
que sabem o sentido do viver.
Enfim, concluí que não sei amar
em nossos dias. Até porque o errar
nos ensina a inexplicável arte dessa maravilha.