Água
As águas que correm
Na vida escoam tristes
No mar inexplicáveis instantes
Explosões afloram dor
Mascara a alegria sem ferir
Inertes sem olor
Jorram emoções
Feito fogo quente na pele
Ardem na memória
Sem vencer choram
Gotas silenciosas sal
Distante se esvai no rio
De aparências que articula
Suspira triste sina
Braços de ilusões
Desliza ali na fonte
Amordaça a tristeza
Sem medo ironiza
Realidade que enxerga
Queda sem eira
Cio d’alma néscio coração
Hoje releva à espera
De um novo rio
Que abra caminhos escondidos
Aflitos sem soluções aparente
No final de cada dia.