Sem Nada de Prazer
Sem nada de prazer
Quadro visceral em realidade
Árido é o caminho
Paralelas vivas dessas vias.
Se corro dentro fico
Cruzando sentimentos
Indomáveis dos meandros
Pedido de trégua ao desencanto.
Vejo uma porta semiaberta
Repleta de sonhos todos
Desfeitos quase dessa orgia
Longe quando paradoxais.
Ícones de fome de amor
Perfumes levados pela brisa
Não cumprem seu destino
Fenecem quais flores roxas.
Protagonista desse cenário
Sem participar do duelo
Já sem saída viva
Fico na chuva do envolvimento.
Difícil é saber ficar
Lembrar tudo de ti
No cenário escondido
De nossa vida breve envelhecida.
Quedo-me a limpar
Tirar do leito a poluição
Expulsar esses vãos
Das insônias vividas perdida.
Encontro estranhas areias
Que cobre com grãos perfumados
Feito rituais benção
Comendas de primor amor.
São pérolas galardões
Que penetram n`alma
Revigora a memória da paixão
Mas...sem nada saber de prazer.
Iára Pacini