Terra a morada da vida

Há vida fala ao inconsciente;

O vento sussurra no ouvido,

Murmúrios de um falar quente,

De quem clama ser compreendido.

A mata acena um flamejo amarelo,

Transforma a cena de um filme belo,

Em uma situação que requer precaução,

Todos se espantam e mudam de direção.

Em toda parte, o chão dança e balança,

Como um cão incomodado com suas pulgas,

Avisa que, ate mesmo a visa, um dia cansa,

Que com a lida escrava, cria rugas.

As arvores que ainda não sofreram algum mau,

Torcem-se e se curvam ao vendaval,

Assemelha-se a quem pede atenção,

Avisando em alto e bom tom.

O silêncio das aves é o pior dos grunhidos,

Falta aos olhos, arranha a alma e dói aos ouvidos,

O silêncio da praga, que chamam de mudança,

Praga que se une ao tempo e mata a lembrança.

Até a micro-vida se une a luta para tentar mostrar,

Que a vida é que se muda, para viver no lugar,

Que o homem é só um inquilino,

E que se for preciso, a vida expulsa para se perpetuar.

danms
Enviado por danms em 02/07/2009
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