VALEU A PENA...
Meu corpo crivado de estanho
caído no chão preto do asfalto...
No vermelho do sangue banho
e entrego meu corpo no assalto.
A vida acabou e a dor eu apanho,
conto estórias, invento e ressalto
que valeu a pena. E eu estranho
este artifício, e num sobressalto,
saio de cena, num dia tacanho...
Deus me chama e eu não falto,
vou... Seu grito eu acompanho.