Quando um nobre sofre ...
Tanta gente querida, que sofre!
De uma dor não merecida,
De uma dor que não se sacia,
De uma dor que vence o presente!
Ingênua dor...
Que quanto mais se sente homenageada,
Mais se glorifica o ente, a alma por ela habitada!
Perversa dor...
Que quando atinge um pobre (de espírito),
Desperta nele sentimentos outros, tão deprimentes,
Consumindo o coitado que dela se ressente!
Desatenta dor...
Que por vezes lhe falta inteligência e atinge um nobre,
Despertando nele sentimentos outros, tão elevados,
Que é a dor, em seu leito de morte, que tem seus dias contados!
Quando um nobre sofre,
Não há espaço para dor.
Com maestria de menino,
Ele prega peças no destino
E sublima o amor!
(Homenagem a um NOBRE que não se deixa abalar!)