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Modificar"Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas;
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
de árvores alheias"
(Fernando Pessoa)
Mote: O Destino.
O Destino.
Meu destino, foi rota de caravela
desfraldando as velas
na cegueira que o dominava
À aventura que o angustiava.
Pelos mares do desconhecido.
Naufraguei e lutei
Por mares tenebrosos naveguei
E em mansas calmas amainei
Corajosamente venci
A largas marges cheguei
e pegadas fui deixando
Meu trilho no imenso areal
com meu destino marcado
para na vida ser consumado.
Meu objectivo foi um fado
de um poeta cansado
que me entregou o seu fardo
Destino verso e reverso
No poema está o canto
No avesso o ignorado
da jornada talhada
Com propósito engenho e limite
Traçado atravessado cortado
No amor atraiçoada
Na vida ensejo dano amargura
Contentamento, que o tempo
em sombras clareadas me traziam
e as razões desconhecia
nesses propósitos temerárias esperanças
com sentidos ignorados
era o destino marcado
que sua rota seguia
seu vaticino estava assinalado
e assegurado em escritura
desde que se abrem os olhos ao mundo
tão profundo tão ignoto
que o mal não adivinhava
nem o bem se previa
Apenas meu pensamento o seguia
e pelo melhor eu o conduzia.
mas as ciladas que os ventos
o abalavam eu não previa
E assim a bom contento
cá estou entregue ao destino
Meu quadro está inacabado
A paleta tem ainda tinta
As pinceladas procuram
Torná-lo belo e harmonioso
Fantasio o que não vejo
Na paisagem dos meus desejos
Na esperança que não perdi
Na felicidade que construi
Com lírios que cresciam
Entre as pedras do caminho
Que fizeram parte do meu destino
E ao melhor e pior cá estou harmonizada
Puxando as rédeas à fogosidade das minhas montadas
Já a meu jeito e preceito.
De ttta
22-06~09