Era silencioso o amor...
“Era silencioso o amor. Podia-se adivinhá-lo no cuidado da mãe enxaguando as roupas nas águas de anil. Era silencioso, mas via-se o amor entre os seus dedos cortando a couve, desfolhando repolhos, cristalizando figos, bordando flores de canela sobre o arroz-doce nas tigelas.
Lia-se amor no corpo forte do pai, no seu prazer pelo trabalho, em sua mansidão para com os longos domingos. Era silencioso, mas escutava-se o amor murmurando – noite adentro – no quarto do casal. A casa, sem forro, deixava vazar esse murmúrio com aroma de fumo e canela, que invadia lençóis e dúvidas, para depois infiltrar-se por entre telhas.
Experimentava-se o amor quando, assentados no calor da cozinha – pai e mãe – falavam de distâncias, dos avós, das origens, dos namoros, dos casamentos.
E, quando o sono chegava, para cada menino em cada tempo, era o amor que carregava cada filho nos braços para a cama, ajeitando o cobertor por sob o queixo.”
- Bartolomeu Campos de Queirós, Indez.-
Amo de paixão cada verso composto neste texto por autoria de Bartolomeu Campos de Queiroz.Cada vez que o leio lembro das vezes que meu adorado pai antes de dormir, afagava cada um de seus filhos,e minha adorada mãe, em sua serenidade nos contava histórias pra dormirmos e nos proibia de dormir sem falar com Deus...
Esse texto também me lembra dos meus silêncios, minhas saudades, as mais lindas que alguém pode já ter vivido com pai e mãe.
Por isso, resolvi registrá-lo por aqui e socializar uma boa leitura.
É possível dizer do amor em silêncio, refletido na ternura, no zelo e dedicação a quem amamos verdadeiramente...Onde em cada gesto, anunciamos o que provém de nosso âmago, carinhosamente as pessoas que cativamos em nossos corações.
Mais forte que dizer com palavras "Eu te amo!", é fazer que este amor aconteça nas pequenas coisas, todos os dias...
Antonia Zilma.
“Era silencioso o amor. Podia-se adivinhá-lo no cuidado da mãe enxaguando as roupas nas águas de anil. Era silencioso, mas via-se o amor entre os seus dedos cortando a couve, desfolhando repolhos, cristalizando figos, bordando flores de canela sobre o arroz-doce nas tigelas.
Lia-se amor no corpo forte do pai, no seu prazer pelo trabalho, em sua mansidão para com os longos domingos. Era silencioso, mas escutava-se o amor murmurando – noite adentro – no quarto do casal. A casa, sem forro, deixava vazar esse murmúrio com aroma de fumo e canela, que invadia lençóis e dúvidas, para depois infiltrar-se por entre telhas.
Experimentava-se o amor quando, assentados no calor da cozinha – pai e mãe – falavam de distâncias, dos avós, das origens, dos namoros, dos casamentos.
E, quando o sono chegava, para cada menino em cada tempo, era o amor que carregava cada filho nos braços para a cama, ajeitando o cobertor por sob o queixo.”
- Bartolomeu Campos de Queirós, Indez.-
Amo de paixão cada verso composto neste texto por autoria de Bartolomeu Campos de Queiroz.Cada vez que o leio lembro das vezes que meu adorado pai antes de dormir, afagava cada um de seus filhos,e minha adorada mãe, em sua serenidade nos contava histórias pra dormirmos e nos proibia de dormir sem falar com Deus...
Esse texto também me lembra dos meus silêncios, minhas saudades, as mais lindas que alguém pode já ter vivido com pai e mãe.
Por isso, resolvi registrá-lo por aqui e socializar uma boa leitura.
É possível dizer do amor em silêncio, refletido na ternura, no zelo e dedicação a quem amamos verdadeiramente...Onde em cada gesto, anunciamos o que provém de nosso âmago, carinhosamente as pessoas que cativamos em nossos corações.
Mais forte que dizer com palavras "Eu te amo!", é fazer que este amor aconteça nas pequenas coisas, todos os dias...
Antonia Zilma.