IDEAIS DO AUTOR
Ilusão do poeta sua busca medíocre
Incansável, estagnada derrota
Dos valores do "Eu" idealístico
Censurada a forma prazeirosa.
Sorrisos e lágrimas
Esculpidos no papel do poeta
Grafados a punho suas lágrimas
Nas cicatrizes da alma inerte.
Lançadas ao vento suas sementes
Não mais germinam suas idéias abstratas
Moldadas na arte simples, veementes
Formas reais se tornam exatas
Não há rigor na procura
Nem tampouco existe loucura
Na vida que ainda lhe resta.
O que existe são os receios
Da alma em seus devaneios
Chamando à razão o poeta.