Alucinado

o relógio
devora
seus passos

cansaço
estresse
consumo

consome-se
horas e dias
no redemoinho
de ilusões

o filho
o amigo
o cachorro
a flor
a canção...

esperam em vão!

a alma espelha
o vazio
do ente tão querido!

está doente dos olhos
e do ouvido
do nariz
da boca
das mãos...

em que esquina atribulada
furtaram – lhe os sentidos?
Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 16/05/2009
Reeditado em 06/02/2010
Código do texto: T1598403
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