. . .Quietude. . .

Nos dias em que não há muito a se falar

em que abraçamos o silêncio

do vento brando, de assovio lento

dos falares longínquos de pequenos seres

Dias em que a velha e calma música

visita nosso quarto, sem convite pra dançar

em que a luz tênue e bruxuleante

entende que pouco há a iluminar

Dias em que o torpor é a máxima energia

aliado fiel do deixar ficar, na imobilidade

Em que os olhos fechados, de mal com a vida

procuram enxergar bem a fundo, a alma

Dias em que a quietude é mãe dos sentimentos

obedientes se guardam, fingem-se reprimidos

sabiamente enganam, se camuflam e emergem

trazendo para a pele incisivas respostas

Nesse mergulho solitário, cego e mudo

tão profundo que visita o âmago

trazendo na volta pesados fardos.

de verdades incontestáveis que já sei de mim....

m.raposo*

UmaMonalisa
Enviado por UmaMonalisa em 13/05/2009
Código do texto: T1592836
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