. . .Quietude. . .
Nos dias em que não há muito a se falar
em que abraçamos o silêncio
do vento brando, de assovio lento
dos falares longínquos de pequenos seres
Dias em que a velha e calma música
visita nosso quarto, sem convite pra dançar
em que a luz tênue e bruxuleante
entende que pouco há a iluminar
Dias em que o torpor é a máxima energia
aliado fiel do deixar ficar, na imobilidade
Em que os olhos fechados, de mal com a vida
procuram enxergar bem a fundo, a alma
Dias em que a quietude é mãe dos sentimentos
obedientes se guardam, fingem-se reprimidos
sabiamente enganam, se camuflam e emergem
trazendo para a pele incisivas respostas
Nesse mergulho solitário, cego e mudo
tão profundo que visita o âmago
trazendo na volta pesados fardos.
de verdades incontestáveis que já sei de mim....
m.raposo*