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Oh, que saudades que tenho

da infância da minha vida

da minha casa querida

igual não existem mais

amigo banco da pracinha

da fonte lá do quintal

pés descalços sobre a terra

da sombra morna do varal

 

 

À tardinha era certo

banho morno na bacia

depois da chuva barquinho

deslizando na enxurrada

na boca da noite, ciranda

estórias que a vó contava

bala de café-com-leite

não existem mais como tal

 

 

Pés descalços sobre a terra

da sombra morna do varal

 

Inspirada em: Meus oito anos

Osvald de Andrade

 

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canção:

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Caminhos verdes de minha infância
Vem na memória tão docemente
São 15 anos dessa distância
De minha terra de minha gente
Por mais que eu queira calar no peito
Essa saudade gosto de fel
A mágoa chega e não tem jeito
Porque eu amo coromandel

Lá onde mora ...a alegria
Tao brevemente...quero poder
Banhar os olhos a poesia
Nos horizontes do meu querer
Trilhando a rota de quem não era
As borboletas quero rever
Lá na campina de minha terra
No colorido do entardecer

Na revoada dos beija-flores
Na quietude de um quintal
Dormir sonhando com os meus amores
À sombra amiga de um bambuzal
Meus companheiros irão comigo
Lá na vendinha do abacaxi
Dar um abraço em cada amigo
Da linda terra onde nasci

Terra do queijo e do diamante
Minha sublime inspiração
Este teu filho vive distante
Mas te conserva no coração
Gente querida muito obrigado
Um grande abraço amigos meus
Eu me dispeço emocionado
Até um dia querendo deus
 

(Menotti e Fabiano
“Caminhos Da Minha Infância”)