TRANSCENDENTAL MESMICE
Uma tensão,
um formigamento,
um jorro
e o poema escorre
por entre
os dedos
em espasmos soluçantes...
De onde jorra ?
Por onde passa,
até se desenhar
em letras e linhas;
até cantar
com ritmo ou sem,
com rima ou não,
silabicamente contado
talvez...?
Cumpre sempre
o caminho riscado,
marcado
em sulcos
como as rodas
duma carroça
num caminho de pedras.
Geme.
E germina
na sua
transcendental mesmice
poética...
Lina Meirelles
Rio, 30.04.09