MEIO GENTE... MEIO POESIA
Sonhos perdidos nos pessegueiros de janeiros
Cores de vultos com vestimentas de ventos...
Violento vulcão
Toda ousadia
Meio gente
Meio poesia
Totalmente intenção
Olhos relentos, relendo relidos poemas antigos
manuscritos nas folhas de outono...
Folhas amareladas, meio desbotadas, desapontadas
Nas calçadas voando entre o ar e o chão...
Voando, rolando, voando
Ah amor meu!
Minha boca atravessou o teu caminho
E não teve o fulgor dos teus lábios tagarelantes pressionados nos meus
Ah amor meu!
Em vão busquei entre os meus dedos os dedos teus...
Em vão colhi pêssegos redondos nos pomares de janeiros
De luzes e delícias...
Ah Meu Menino Tímido...
Sem tuas palavras...
Não sou poesia
Trouxe vinho envelhecido nas madrugada sigilosas de promessas transparentes...
Cachos de uvas regados pelo orvalho das noites do sul ...
Lençol de linho branco macio...
Vamos contar estrelas deitados lado a lado
Nos matagais de diamantes de menta?