CICLO
Tudo tão intenso...imagens, sentimentos...
é a VIDA, simplesmente acontecendo,
insensível aos nossos apelos,
rindo-se dos nossos humanos medos.
Faz de todos nós tolos fantoches,
vítimas de seus deboches,
pois um dia nos põe felizes e cintilantes,
enchendo-nos de pleno encantamento,...
Já no outro, a seguir, cruel e cínica,
nos rasga as roupas dos sonhos,
joga-nos pimenta nos olhos,
tira-nos o doce da boca,
abre em nossa alma, profundos talhos.
Ah, mas há dias em que ELA se cansa,
e quer brincar de outra coisa,
nos põe no colo e embala,
feito mãe que ama sua criança.
E então, nossa alma , exausta,
se entrega em seus braços macios,
ouve suas canções de sereia,
que falam de amor e esperança,
do horizonte que encontra o céu,
do eterno movimento dos rios,
do mar que refresca a areia.
Põe nossa alma poeta
emprenhada de muitos versos,
parindo rimas, em sonetos e trovas,
depois de poéticos cios.
E nesse suave abandono,
enquanto a dor se esvazia, nem vemos
que caímos de novo em sua teia,
que o ciclo reinicia.
Tudo tão intenso...imagens, sentimentos...
é a VIDA, simplesmente acontecendo,
insensível aos nossos apelos,
rindo-se dos nossos humanos medos.
Faz de todos nós tolos fantoches,
vítimas de seus deboches,
pois um dia nos põe felizes e cintilantes,
enchendo-nos de pleno encantamento,...
Já no outro, a seguir, cruel e cínica,
nos rasga as roupas dos sonhos,
joga-nos pimenta nos olhos,
tira-nos o doce da boca,
abre em nossa alma, profundos talhos.
Ah, mas há dias em que ELA se cansa,
e quer brincar de outra coisa,
nos põe no colo e embala,
feito mãe que ama sua criança.
E então, nossa alma , exausta,
se entrega em seus braços macios,
ouve suas canções de sereia,
que falam de amor e esperança,
do horizonte que encontra o céu,
do eterno movimento dos rios,
do mar que refresca a areia.
Põe nossa alma poeta
emprenhada de muitos versos,
parindo rimas, em sonetos e trovas,
depois de poéticos cios.
E nesse suave abandono,
enquanto a dor se esvazia, nem vemos
que caímos de novo em sua teia,
que o ciclo reinicia.