A Menininha Cresceu
Entendi que eu cresci, e acabei percebendo que uma mulher deve manter uma postura diferente daquela garotinha que às vezes fala bobagens e acaba se tornando chata;
A menininha que brinca com todos agora vai ser mais séria, vai deixar de ir a alguns dos lugares a que é chamada, afinal, ser convidada para alguma coisa não quer dizer que você seja requisitada, muitas vezes convidamos alguém por simples educação. (É como oferecer uma maçã a alguém que a está olhando muito);
A mulher que agora precisa tomar decisões mais sérias descobriu que também precisa tornar-se mais rígida, consigo e com os outros;
Algumas pessoas me auxiliaram para que eu crescesse emocionalmente e descobrisse que eu posso ter sentimentos menos extremistas, que vão além de amor e de ódio;
Eu percebi que não quero que as pessoas me prometam algo. Isso me faz mal. Quero que as pessoas tenham palavras e cumpra-as (ninguém é obrigado a prometer algo, mas a partir do momento em que promete, faço questão de que cumpram. E eu não admito perder totalmente);
Passei a observar mais as pessoas que circulam ao meu lado e vi que cada uma delas tem uma frustração diferente, e que essas pessoas, assim como eu, precisam de atenção (é preciso saber ouvir, eu gosto disso, mas tenho a necessidade de falar também);
Acho que estou dando mais valor a minha família, porque percebi que quando eu preciso de um aconchego de verdade, é nos braços deles que me refugio;
Os meus amigos fui eu mesma quem escolheu, mas sei que isso não me dá o direito de exigir que eles sejam exatamente do jeito que eu quero que sejam. (As pessoas têm suas individualidades, e eu estou aprendendo a aceitar isso, aos poucos);
Eu estou tentando admitir meus erros no momento certo, mas eu preciso de ajuda para saber quando a situação é propícia. (Nunca consegui esconder meus sentimentos e meus medos. Se eu precisar de ajuda, com certeza vou pedir às pessoas mais importantes pra mim);
Eu descobri nessa minha viagem pelo meu Eu, que eu não preciso ser totalmente ligada a determinadas pessoas somente porque elas estão comigo na maior parte do tempo. Eu tenho uma vida fora desse “mundinho”.
Eu ainda estou tentando compreender o porquê da falta que sinto de algumas pessoas em determinados momentos (em quase todos os momentos sinto falta de alguém que marcou);
Tem coisa que é melhor nem ser discutida. As pessoas têm pensamentos muito incomuns e uma discussão de tal porte pode tornar-se um insulto;
Eu descobri que uma pessoa pode estar ao meu lado, beijar minha boca ou dormir em meus braços e não termos um compromisso propriamente dito;
É preciso cuidado pra lidar com alguns sentimentos. O ciúme por exemplo. Eu nunca neguei que sinto ciúmes em algumas situações, mas aprendi que se eu não o controlar, ele pode ser o meu maior inimigo;
Eu percebi que às vezes eu quero um minuto só meu. Atenção, carinho, cuidado (as pessoas sentem-se frágeis algumas vezes), mas aprendi que, principalmente nesses momentos, é preciso diferenciar opiniões de conselhos. (Sempre aceitei opiniões, mas não me venha com conselhos, porque se eles fossem bons, sua vida seria perfeita. E convenhamos que não é isso o que acontece);
Ninguém tem a obrigação de gostar de mim. É minha a obrigação de tentar ser o melhor de mim mesma (E eu sou muito melhor dos que as pessoas conhecem de mim, tenho certeza disso);
Eu tenho projetos inacabados e outros sem mesmo um início, mas comecei a perceber porque às vezes não consigo colocá-los em prática. As coisas não dependem somente de mim. (É como acreditar que posso chegar na lua sem precisar da ajuda de ninguém. Seja no meio de transporte até lá ou alguém que vai preparar a comida a qual vai me alimentar até o fim de minha jornada);
Sinto muito por ter aprendido ainda a controlar a angústia que sinto quando espero por algo ou alguém (que por muitas vezes nem chega).
Enfim, eu estou precisando de ajuda, ainda. Preciso começar a escrever um caminho, uma história e sei que não conseguirei fazer isso sozinha. A garotinha das belas palavras cresceu. Agora sou uma mulher de atitudes e ações!