EM AMAR-TE ME DESUMANIZO
Dissabores dissolvidos em azedumes...
Cores desbotadas em papéis rasurados...
Afetos espalhados em tubos minúsculos...
Prazeres desmedidos e passageiros...
Rumores maldosos e tortuosos...
Inércia de semblantes insensíveis...
Lágrimas excessivamente aguadas...
Silêncio incomodamente descabível...
Ilusões desiludidas por utopias;
Utopias murmuriadas em descompasso,
Descompasso irremediavelmente desequilibrado,
Tonturas exeqüíveis de mal-estar,
Cegueira diuturna desfalecida em meu olhar...
Amar-vos me provoca todas essas desumanidades!