AO LEITOR POEMA
Quando me acaricias
com os olhos ávidos
e críticos,
com as mãos deslizando
por entre mim
e me penetras
até o fim...
Quando me entrego
ao teu prazer curioso
e lúdico,
despindo-me até a última
pétala sílaba,
somos cúmplices
lúcidos...
Metades, tu e eu.
Apenas símplices,
de súbito,
de um álibi estético.
Agora íntimos
nas metáforas,
náufragos na rítmica.
Um encontro legítimo.
Momento único
e mágico
de um diálogo.
Ápice fantástico
bem no âmago de uma
trama poética.
Lina Meirelles
Rio, 03.04.09