In Aeternum

Sonhos, distantes.

Ainda outro tanto, distantes...

Inventei asas,

Dispersei-me ao céu...

Exultante!

Quis arrebatar uma estrela

Com o meigo cuidado

De quem anseia conquistar...

Presente dos céus,

De Deus quem sabe...

Girar no espaço,

Santa dança celestial.

Estrelas se mostram,

Mas nunca pertencem...

Chão.

Eu aqui novamente.

Não abracei o mundo.

Não abracei Deus.

Não abracei ninguém.

Só não abracei...

Só, não abracei.

Nefasta existência...

Triste anseio de retorno.

Céu de nuvens, céu de estrelas...

Céu.

Viajante solitária que não abraçou o céu.

Que nem tinhas asas de verdade...

Alcançou-o por um instante e nada arrebatou.

“in aeternum” meu lar. Quem sabe...

Quando por fim, fechar os olhos de verdade...

Então eu mesma serei a estrela.