Arquipélago
As sempre vivas morrem no jarro branco,
amarelas
em cima do piano se esfarelam.
Se enganam os que pensam de mim,
de minha solidão:
- Não sou uma ilha isolada,
milhas da costa afastada.
Enquanto a música do sábado a noite
dá volta ao mundo
e volta ao quarteirão,
nesta fresca noite de março nos trópicos,
depois da chuva barulhenta de verão,
nós, os de livro no colo,
copo na mão,
formamos um arquipélago
interligado pelo sentido profundo
das coisas simples:
- as sempre vivas morrem no jarro branco
amarelas,
se esfarelam,
como esta hora que não volta
nem pra mim
nem pra ninguém.
As sempre vivas morrem no jarro branco,
amarelas
em cima do piano se esfarelam.
Se enganam os que pensam de mim,
de minha solidão:
- Não sou uma ilha isolada,
milhas da costa afastada.
Enquanto a música do sábado a noite
dá volta ao mundo
e volta ao quarteirão,
nesta fresca noite de março nos trópicos,
depois da chuva barulhenta de verão,
nós, os de livro no colo,
copo na mão,
formamos um arquipélago
interligado pelo sentido profundo
das coisas simples:
- as sempre vivas morrem no jarro branco
amarelas,
se esfarelam,
como esta hora que não volta
nem pra mim
nem pra ninguém.