Eterno gesto falho-5

Mover o mundo a teu contento?... Seguir em rios os teus ditames...
Veja... Sou de outro tamanho.
Ouvi, nas tuas linhas o teu reforço... Um aprendiz de vida... O chocalho à parte...
Corri das coisas tontas... Não se contavam certas coisas quando eu era criança...
Dormir em vidro... O teu destino.
Coisas de uma sociedade louca?
Enfim, palpitar o dito... Ser consequência de um discurso falecido...
Ouças a voz que dilata os teus ouvidos... Quanto tempo ainda com isso?
E jaz, na cobertura celeste... O amor oferecido em nuvens... Um fardo que te cotempla a face... Eras o perfeito rito.
Então, colher os versos livres... Ser tão livre que te corrói a alma...
Verdades... Verdades... Coisa falha!
Não tens verdades solidificadas... Apenas o dia que deixa chegar a noite...
Que vultos carregas em teu ser criado?... E o manter a palavra... Coisa gula?... Apenas no instante calcificada...
Em voltas... Partirás ao meio... Sem muito esforço... Será a lembrança falha... De uma imagem em mina d'água...
Enfim, estabeleço o fim... Das horas que ganhaste minhas...
Se eu penso em novelos soltos... Se o gosto foi levado aos poucos...
Se apenas era mentira o dito... Alvejo e finalizo com Ato falho cinco...

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