Silêncio
Quando estiveres comigo,
apenas me abraça
e permanece mudo.
Não quero ainda tuas palavras,
pois às vezes,
sem querer me ferem,
ora como espinhos,
ora como punhais.
É que me levam a coisas
que doem e que tento esquecer.
E se te quero assim, silente,
é para te bem-querer.
Respeita meu tempo -
ainda estou de luto
pela alegria que perdi,
pela morte daquela que fui
e não mais voltarei a ser.
Aprenda, como eu, a ouvir o silêncio
que entre nós se faz.
Sem qualquer som, ele fala de mim,
fala muito de nós...
Sem palavras, ele diz
muito, muito mais
que a tua voz!