TORMENTAS
Persigo mares tão bonitos
Com os olhos sempre do instinto;
Desde o horizonte até a foz.
Sigo os mares bem bonitos
Nas asas do albatroz.
Persigo ilhas e não sinto
Com os olhos sempre do instinto;
O sol e a lua são minha voz.
Mas sigo as ilhas e não minto
Sobre o peito do albatroz.
Persigo os espaços infinitos
Com os olhos sempre do instinto;
O tempo arde e é feroz.
Mas eu sigo os espaços infinitos
Com coração e alma de albatroz.
Persigo rastros e labirintos
Com os olhos sempre do instinto;
Perguntando ao mundo sobre nós.
Vou seguindo rastros e labirintos
E divido as tormentas com o albatroz.