Caminhar
Porque caminhar é preciso
não há que se escolher os caminhos
se pedras pontiagudas, se espinhos encorpados
as areias movediças, os lodos pegajosos
Se parar é deixar que a morte chegue
um ponto de luz há que se encontrar
antes, que seja, um imaginário
já se desenha, assim, uma direção
Tem a força que move cada passo
esperança de um ponto de chegada
e se não pode ser cor de rosa
que seja claro, limpo e suave
Há portos para os que navegam
pousos para os que voam
haverá em algum canto, um banco
para os pés gastos e machucados
m.raposo*