como pode ser
tão pequena dizendo
e tão turbulencia
enorme sentindo
acordadando,
dormindo, sonhando
lá está ela
sempre presente, fazendo
do nosso coração
um canto banzo
da nossa garganta,
garrafa arrolhada
do estômago,
barulho de asas voando
difícil dizer definindo
o que é essa marota
que vai e volta, salta,
balança e espanca
singular, vaidosa,
chicoteia sem piedade
ninguém pode camuflar,
é pura verdade
deixa de ser palavra
para ser doída dor,
SAUDADE