Clamor De Minhas Entranhas
Pisando tuas macias areias
Alvos tapetes relutantes
Banhando meus pés, vem tua espuma
Tuas inesgotáveis ondas
Incansável suplício de outrora
É coisa imortal
Cálidas, caroáveis e borbulhantes
Deixo meu corpo te pertencer
Numa cumplicidade sensual
Em meio a teus movimentos
Penetra-me as entranhas
Molha meus longos cabelos
Bebo da tua água que cura
O podre do interno
E torna pequeno o eterno
Quero você!
Adormecer ao teu lado,
Acariciada pelos ventos
Amada pelo teu acalanto
E chegam as nuvens negreiras
Que trazem a noite
Trazendo também o açoite
Da tua ausência
Vens logo, me tomas prá ti...
Só quero a ti pertencer!