Clamor De Minhas Entranhas

Pisando tuas macias areias

Alvos tapetes relutantes

Banhando meus pés, vem tua espuma

Tuas inesgotáveis ondas

Incansável suplício de outrora

É coisa imortal

Cálidas, caroáveis e borbulhantes

Deixo meu corpo te pertencer

Numa cumplicidade sensual

Em meio a teus movimentos

Penetra-me as entranhas

Molha meus longos cabelos

Bebo da tua água que cura

O podre do interno

E torna pequeno o eterno

Quero você!

Adormecer ao teu lado,

Acariciada pelos ventos

Amada pelo teu acalanto

E chegam as nuvens negreiras

Que trazem a noite

Trazendo também o açoite

Da tua ausência

Vens logo, me tomas prá ti...

Só quero a ti pertencer!

Hanipana
Enviado por Hanipana em 16/03/2009
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