Não sou um anjo
Não me alimento
de flores
nem das cores
maravilhosas do pôr-do-sol.
Não. Não sacio
minha sede
com o orvalho
das madrugadas
que brilham sobre as folhas
e fazem pequenos
arco-íris.
Não.
Não me alimento
do canto dos pássaros
nem do bailado
das borboletas
nos jardins.
Não sacio a minha sede
com o néctar das flores
nem com o suave
aroma da brisa
no final das tardes.
Não sou um anjo.
Tânia Martins - Cté, 14.01.2008