Sobre tristezas...
Sobre tristezas...
Tardes interrompidas
Por versos que não chego a completar
As mãos descansam sobre o papel e a pena,
É longa a pena de tanto lembrar.
O mesmo cachimbo, fiel companhia,
O copo de uísque aguarda calado.
Os dedos que procuram ao piano,
O ritmo que nos mantinha afinados.
A vida anoitece com as badaladas,
Como doze vezes real certeza,
Ser a solidão sina já declarada.
Meus muros ruíram, só, sem defesas,
Sorvo da lua embriago-me de estrelas,
E os dedos tocam-te: Partituras de tristeza.
Tonho França.